OKRs e Planejamento de Escopos para projetos de Inovação e Design

14.11.2023

OKRs e Planejamento de Escopos para projetos de Inovação e Design

14.11.2023

OKRs e Planejamento de Escopos para projetos de Inovação e Design

14.11.2023

OKRs e Escopo de Projetos - Sessão Aberta 2023

14.11.2023

OKRs e Planejamento de Escopos para projetos de Inovação e Design

OKRs e Planejamento de Escopos para projetos de Inovação e Design

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Nesta mescla de treinamento, workshop e webinar, mostramos como fazemos para definir objetivos e escopos em projetos de Inovação e Design, compartilhando com vocês os frameworks que utilizamos no do dia a dia.

Chega a ser impressionante a idolatria com quem “pensa fora da caixa”, como se a criatividade fosse uma habilidade exclusiva de algumas poucas pessoas.

Ironicamente, são raros os ambientes que incentivam de verdade as experimentações e são tolerantes com erros, falhas ou possíveis resultados insatisfatórios de alguma ideia nova.

É como se a equipe ou a pessoa criativa tivesse que ter um momento Eureka na hora certa, o que contraria a própria essência imprevisível do momento Eureka.Nenhum projeto pode ser refém de brilhantismos randômicos, porque isso sim significaria um risco para os investimentos de tempo e dinheiro, assim como uma incerteza com relação aos resultados.

Nesse contexto, o grande desafio é conciliar progresso com segurança e inovação com previsibilidade, o que geralmente é feito com planejamentos e estruturas sólidas, mas também — erroneamente — através da constante busca por brilhantismos individuais.

Nesse artigo nós falamos sobre a essência democrática da criatividade, reforçando a visão de que ela é algo inerente a todas as pessoas, e apresentamos alguns requisitos para que ela possa florescer.

No final, também mostramos um framework próprio da Primata, a Copa do Mundo de Ideias, e mostramos algumas técnicas que ajudam a potencializar a criatividade colaborativa.

Por que somos todos Primatas Criativos?

Uma das nossas grandes referências para a escolha do nome “Primata Criativo” foi justamente essa essência ancestral da criatividade, intrínseca em todos nós desde os primórdios.

Como comentamos aqui, nossos “primos distantes” já faziam design há centenas de milhares de anos, lascando pedras para criar ferramentas e joias.

Pintura rupestre de um javali selvagem, com mais de 45,5 mil anos. Encontrada na Indonésia em

A comunicação gráfica também é uma das nossas linguagens mais antigas, e inicialmente também era usada para transmitir conhecimentos tecnológicos e culturais.

Tão impressionante quanto essas criações terem ocorrido há tanto tempo é o fato de que elas sobreviveram até hoje, o que não seria possível sem técnicas sofisticadas

Isso mostra que a capacidade de imaginar, construir e manifestar algo novo sempre fez parte de nós, e todos podemos fortalecer essa habilidade, é só uma questão de prática e aperfeiçoamento.

A Criatividade como algo de "Superstars"

Por diversas questões, pela forma como a cultura da nossa sociedade se desenvolveu ao longo dos séculos, a criatividade foi sendo separada do dia a dia. Essa cisão ficou ainda mais intensa após a revolução industrial, com as produções em série e massificação.

Hoje vemos a criatividade ser podada desde cedo, na escola ou no lar — e a crença de que a criatividade é uma espécie de dom também vai passando de geração em geração. Que equívoco.

Nesse mesmo sentido, os ambientes sociais também se tornaram cada vez menos tolerantes às experimentações, pois erros resultam em punições.



A Criação de Adão, de Michelangelo.

Com o passar do tempo, a criatividade ficou cada vez mais restrita às manifestações artísticas ou profissões específicas, e aos demais seres humanos, que supostamente não foram abençoados, só resta o trabalho.

Em meio a tudo isso, agora a sociedade nos pede: sejam diferentes, pensem fora da caixa, inovem (mas obviamente sem muitos riscos). Como?

O poder das Tribos Criativas

Depois de tantas experiências boas e ruins, aprendemos na teoria e na prática que para trabalhar com a criatividade, também é preciso saber trabalhar a inteligência do grupo.

Ao invés de esperar pelo brilhantismo de um indivíduo "iluminado", precisamos de dezenas ou centenas de ideias para escolhermos colaborativamente as que tem maior potencial. Duas (ou muitas) cabeças pensam melhor que uma, não é?

No livro O Poder do Nós, os psicólogos Dominic Packer e Jay Van Bavele mostram alguns elementos que tornam grupos mais inteligentes, e a inteligência emocional tem um papel fundamental.

  1. Diversidade: Grupos diversos são mais propensos a ter uma gama mais ampla de perspectivas, o que permite uma melhor geração e avaliação das ideias.
  2. Integridade: Quando as pessoas confiam umas nas outras, elas sentem maior abertura para compartilhar suas ideias, e por isso tendem a ser mais honestas e dar maior abertura para receber críticas.
  3. Tempo: Quando todos se sentem ouvidos e respeitados, o compromisso com a tomada de decisão é maior — ou seja, quanto menos autoritarismo e tagarelice, melhor.
  4. Comunicação: Os grupos que são capazes de se comunicar de forma eficaz são mais propensos a entender uns aos outros e a chegar em consenso. Na práica isso significa evitar picuinhas ou meias palavras.

Quando colocadas em prática, essas quatro diretrizes permitem que a ideias surjam com mais naturalidade e fazem com que as pessoas se sintam mais confortáveis no caótico processo criativo.

As coisas ficam ainda melhores quando temos objetivos claros e todos possuem acesso a informações de qualidade a respeito do projeto.

Instrumentos Criativos

As ferramentas também possuem um papel fundamental para o sucesso da criatividade, sejam elas instrumentos musicais, pinceis, tintas ou lata de spray, um martelo e serrote, uma metodologia ou um framework, enfim...



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A evolução do artificial está diretamente ligada a evolução das ferramentas de cada tempo, por isso também é importante ficarmos atentos às tecnologias que permitem a produção criativa.

A Copa do Mundo de Ideias é uma das nossas ferramentas criadas para ajudar a decidir qual a melhor ideia do grupo, utilizando um sistema de rodadas eliminatórias onde diferentes conceitos são colocados frente a frente para saber qual atende melhor os critérios do desafio/objetivo.Esses critérios também são estruturados de acordo com cada projeto, por exemplo, no caso da escolha de um nome: qual soa melhor, qual é mais memorável, quais associações positivas ele promove, entre outros.

Cada um desses critérios "marca um gol" para uma das duas ideias em disputa, o que não impede a possibilidade de um possível empate tanto do próprio critério específico, quanto da "partida", o que é resolvido por um momento de deliberação mais aberto.

Também há um "critério de segurança" para barrar possíveis ideias prejudiciais, como por exemplo, ainda aproveitando o exemplo dos nomes, "possível sensação ruim que ele causa".

Framework da Copa do Mundo dos Nomes, elaborado pela Primata Criativo.

A substituição do brainstorm pelo brainwrite (também conhecido como Técnica de Grupo Nominal) trouxe resultados infinitamente melhores, especialmente ao impedir que aquela pessoa tagarela domine a sessão de ideação. E ao trabalhar as anotações anonimamente, suprimimos egos inflamados e julgamentos que podem ser prejudiciais para o projeto.

No fim das contas, adotamos algo que chamamos internamente de Processo Darwiniano de Ideação: os insights mais fortes ou adaptáveis sobrevivem ao processo de avaliar e testar ideias.

Conclusão

Todas as pessoas são criativas e podem ajudar a imaginar e a criar algo novo, mas se o ambiente não dá abertura para erros, se os encontros não permitem que todos falem, se a chefia intimida ao invés de liderar, se não há confiança entre os membros da equipe e se não há ferramentas apropriadas, nem com toda inspiração do mundo é possível criar algo original e de qualidade.

Se você gostou desse conteúdo, e tem curiosidade para saber mais sobre os nossos métodos e ferramentas, fique ligado porque tem muita coisa boa saindo da fogueira!

As ferramentas de OKR e Planejamento de Escopo ajudam a construir um início de projeto mais sólido e transparente.

Com objetivos e responsabilidades claros e bem definidos para as pessoas envolvidas, cria-se uma segurança muito maior para a continuidade do projeto. A execução das tarefas e o acompanhamento dos avanços se tornam muito mais fáceis, e a equipe se mantém alinhada.

Na área do Design e Inovação, também é muito comum nos depararmos com projetos que parecem estar à deriva e sem conclusão. Isso geralmente acontece quando os objetivos e o escopo não estão claros, e nesse sentido, essas ferramentas também ajudam a colocar o projeto de volta aos eixos.

Você também pode acompanhar esse conteúdo através do LinkedIn (aqui), e caso prefira acessá-lo via texto, nós fizemos um artigo bem detalhado explicando tudo isso (é só rolar pra baixo!).

Link para o Miro utilizado na Webinar:

Bora para o artigo!

Qual é a ideia?

A gente já viu muito projeto infinito, aquele projeto lindo e maravilhoso que prometia resolver um grande problema, mobilizou um monte de gente, e de repente ele ficou abandonado, à deriva e sem engajamento...

Uma das causas principais desse problema é a falta de um início mais estruturado, com objetivos, metas, direcionamentos e instrumentos de acompanhamento bem evidentes. As ferramentas de OKRs e planejamento de escopo servem justamente para isso.

Tanto para projetos novos quanto projetos que estão à deriva, essas ferramentas ajudam a planejar um rumo e colocar nos eixos aqueles projetos descarrilados.

Depois de ler esse post, você vai perceber que elas também podem servir até mesmo para otimizar atividades de rotina, criando uma "dinâmica de projeto" mais ágil e eficiente.

Veja os 5 passos que usamos para mapear OKRs:

1- Liste todos os objetivos e filtre os mais relevantes.

A melhor forma de listar os objetivos, sem deixar nada passar, é reunindo a maior quantidade possível de setores que se relacionam direta ou indiretamente com o projeto.

Mas apenas reunir as pessoas não basta. É essencial assegurar que todas se sintam confortáveis para expor suas visões, e mais do que isso, que essas visões sejam realmente ouvidas e consideradas na elaboração do projeto.

Nesse cenário, algumas pessoas podem visualizar reuniões lotadas, com intensas "alternâncias do poder do microfone", e aí os tópicos se arrastam, os conflitos aparecem, e pode surgir um desgaste enorme para definir convergências que agradem a todos.

Isso sem contar que, nesses cenários, muitas pessoas também se sentem intimidadas — ou sentem vergonha mesmo — para participar. Mas é possível evitar esses tipos de problema.

Técnicas como Note & Vote e Brainwriting — ao invés do famoso Brainstorm — são instrumentos que garantem a participação de todas as pessoas em oficinas e reuniões, e ajudam a realizar convergências através de votações anônimas e democráticas. E melhor: tudo isso em poucos minutos, com um ganho de tempo impressionante.

Quando incentivamos que todos os participantes interajam e compartilhem suas ideias, não estamos falando apenas de Design Participativo, mas também de uma das faces do Design Centrado em Humanos, que ajuda a construir o que chamamos de "Processo Darwiniano de Ideias": apenas as propostas mais relevantes vão seguir em frente.

Essa dinâmica ajuda a criar uma sensação real de pertencimento ao projeto, além de manter todas as pessoas na mesma página.

Mas voltando... depois de deixar todas as pessoas anotarem suas ideias de objetivos, e filtrar os mais relevantes, chega o momento de escolher um único grande objetivo.

2- Consolide um grande objetivo.

Nessa etapa, a pessoa Líder do projeto deve definir qual é o grande objetivo a ser alcançado.

Nem sempre as decisões podem ou devem ser tomadas por todas as pessoas da equipe.

É importante que todas possam se expressar, mas algumas decisões são mais estratégicas, exigem uma visão mais ampla sobre o projeto, ou podem ser definições a serem escolhidas dentre um leque de opções, isso sem contar empates ou conflitos entre setores que precisariam de um decisor — só para citar alguns exemplos.

É por isso que todo projeto precisa ter um Líder, e essa função geralmente é ocupada por alguma chefia ou pessoa que tenha a capacidade de permear entre o macro e o micro do projeto, conciliando os diversos interesses envolvidos, e tendo muita ciência sobre a missão do projeto.

Em algumas situações, nós já vimos o próprio Líder do projeto transferindo sua decisão individual, para que fosse decidida por toda a equipe. Essa dinâmica sempre vai depender da particularidade de cada projeto.

Com o grande objetivo definido, chega a hora de criar instrumentos de avaliação e monitoramento. Essas métricas vão mostrar o quanto estamos caminhando para alcançá-lo.

3- Liste todas as métricas.

Em um novo momento de expansão e compartilhamento de ideias, a equipe escreve todas as métricas que podem ser aproveitadas para o projeto. E aí é válido ressaltar, de novo, a importância de montar uma equipe multidisciplinar que incorpore todos os setores que se relacionam direta ou indiretamente com o projeto, para que as métricas possam contemplar a maior quantidade de áreas possível.

Vale lembrar que, apesar da fama das Métricas de Performance (famosos KPIs), também temos metas Estratégicas, de Gestão, de Atividades...

Cada projeto aproveita essas Métricas de acordo com a sua própria realidade, mas esquecer de alguma delas pode atrapalhar o acompanhamento e a medição precisa dos avanços — e consequentemente a clareza e a identificação de problemas, e suas possíveis soluções.

4- Selecione as métricas mais relevantes.

Após o mapeamento de todas as métricas possíveis, chega um novo momento de convergência, onde deve-se analisar e definir os itens mais relevantes para o objetivo.

Pode parecer óbvio e redundante, mas é fundamental que essas métricas sejam fáceis de acompanhar e possíveis de impactar dentro do tempo do projeto.

5- Defina metas específicas para cada indicador selecionado.

Com as métricas bem definidas, chega o momento de estipular metas para cada uma delas.

De antemão, é sempre importante lembrar que essas metas precisam ser realistas, viáveis e possíveis de alcançar.

Dica: desmembrar grandes metas pode ser a melhor forma de facilitar o acompanhamento, garantir monitoramento e progressão, e se adequar a sazonalidades, então mesmo que você sonhe com determinada meta para daqui a 10 anos, também é importante definir a meta do trimestre ou do mês.

De novo, cada projeto sempre vai ter suas necessidades e realidades específicas, e esse olhar crítico precisa ser considerado para além de qualquer fórmula pronta.

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Planejando o Escopo.

Partindo para o planejamento do escopo do projeto, essas são as 7 perguntas que sempre fazemos quando vamos começar qualquer projeto, seja um serviço, um aplicativo, um produto de linha industrial, a melhora de um processo organizacional...

1- Qual é a visão por trás do projeto? O que motivou esse projeto a acontecer?

O marco zero de todo projeto. Se a equipe não sabe quais são as principais motivações por trás do projeto, é fácil cada setor ou cada pessoa se atentar apenas às questões relacionadas a si.

Aqui, uma dica valiosa é a técnica "5x Why?", em que você pergunta "Por quê?" cinco vezes, o que ajuda a caminhar para respostas mais "essenciais".

2- Quais problemas vamos resolver? Quais as principais dores que precisam ser sanadas?

Nessa etapa, uma dica importante é sempre pensar nas pessoas que se relacionam direta ou indiretamente com os problemas que o projeto visa resolver. Isso evita que as respostas fiquem muito "robóticas", e as vezes podem até transformar a percepção da equipe sobre as formas de resolver esse problema.

3- Quais excessos ou desperdícios o projeto pretende eliminar?

Aqui podemos pensar em reuniões que poderiam ser um e-mail, peças e componentes não sustentáveis, processos desnecessários e pouco eficientes, tempo extra da equipe, tempo de entrega...

4- Onde ficaremos acima da média?

Seja internamente ou externamente, a ideia é pensar aspectos direcionados para superar as soluções que já existem.

Exemplos: suporte ao cliente 24/7, personalização avançada dos produtos, integração de Inteligências Artificiais, segurança cibernética, UX excepcional... as opções são infinitas.

5- O que só esse projeto entregará de valor, que ninguém mais entrega?

Aqui é importante pensar em alguma entrega que seja única do projeto.

Exemplos: rápida integração com outras ferramentas de mercado, consistência e tranquilidade no uso, fazer parte da sociedade ou de uma comunidade, criar um atendimento exclusivo que gere a sensação real de ser ouvido...

Para projetos que já estão em andamento, também é importante responder esses dois tópicos:

- Qual o status desse projeto? O que está sendo feito agora, o que já foi feito antes, quais as principais aprendizagens adquiridas...

- O que está impedindo de avançar? Por que esse projeto não foi para frente? Quais são os bloqueios?

E por fim, outras duas perguntas também são indispensáveis:

- O projeto é para quando? Quanto tempo temos disponível até a entrega?

- Quais são os recursos disponíveis? Dinheiro, tecnologias, equipamentos, pessoas, espaços, etc.

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Se por algum motivo você ficou com a impressão de que obter todas essas respostas pode ser um processo complexo ou demorado, fique tranquilo. A ideia é justamente o contrário.

Na nossa experiência na Primata, ajudamos a gerar todas essas respostas em reuniões ultradinâmicas que duram entre 1 e 2 horas, já criando um backlog acessível e fácil de ser consultado.

Esperamos que esse conteúdo te ajude de alguma forma, mas se ainda assim você precisar de alguma ajuda especializada, é só entrar em contato com a gente! 😉

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